A Kingston rancorosa queria vingar-se estrondosamente, mas viu o Príncipe proteger o antigo amigo, a ponto de a forçar num jantar em palácio a sentar-se ao lado daquele a quem tanto agora detestava, o que a fizera "agitar-se a fumegar, todo o tempo, sem que, contudo, ousasse desobedecer".
Será verdadeira tão inacreditável história? Ou uma das muitas gabolices do aventureiro? Também, na Rússia dos Orloff e Potemkin...
Cousa que nos deixa intrigados é que Lisle não explica por que deixou subitamente o serviço russo, de onde dizia perceber tantas vantagens, embora afirme que, ao partir, lhe haja a Imperatriz dado, de presente, quinhentos ducados holandeses. Também, por tal motivo, lhe dedica os maiores elogios.
Afirma o mesmo biógrafo de Catharina II a quem nos referimos que foi positivamente a Duquesa de Kingston quem forçou o seu ex-querido a sair da Rússia. Assim não fizera e ele "teria rápido acesso no Exército moscovita, chegaria a oficial General ou alcançaria um cargo em consulado importante".
Graças a ela, deixara Potemkin de o receber. "Ao partir, praticara o incorrigível sujeito várias velhacadas, com diversos negociantes de Petersburgo, Narva, Riga e outros lugares."
Furioso, responde Semple, nas Memórias a estes ataques: "É a eterna sina da falsidade cair em contradição! Tivesse eu feito aquilo de que me acusam, em