Perdoado, cinco anos mais tarde, viu-se o aventureiro em liberdade sob o compromisso de exilar-se do Reino Unido.
Pensou em voltar à Prússia, mas os amigos o induziram a estabelecer-se em França, onde chegou em 1791. Neste país, anarquizado como estava, ninguém lhe pediria contas do caso de Lisle. Assistiu a numerosas cenas da Revolução e pretende haver vivido em Paris com grande estadão. Isto lhe valeu o epíteto de "aristocrata", "apodo a que eu não me dava o menor trabalho em contradizer", di-lo, elegantemente.
Descreve várias cenas do julgamento de Luís XVI e da sua execução; relata horrores da crueldade brutal e indigna de Santerre, mas nada de interessante se encontra em sua narrativa de acontecimentos tão empolgantes quanto estes de que pretende ter sido presencial testemunha.
Receoso pela própria pele e certo de passar por espião inglês, resolveu o nosso Lisle arranjar salvo-conduto. Foi ter a Bruxelas e a Bois le Duc, onde ofereceu serviços ao Duque de Brunswick, que o conhecera na Rússia e o aceitou no seu Exército.
Assim assistiu à grande batalha de Nerwinden, a 18 de março de 1793, ganha pelos austríacos do Duque de Saxe-Coburgo-Gotha sobre oExército francês de Dumouriez. Seguiu pouco depois para Haya a pedir emprego ao stathouder Guilherme V. Este lhe conferiu o posto de Major no Exército holandês e encarregou-o de uma missão reservada em Bruxelas.