a Alemanha servir no Exército dos emigrados de Condé, onde pretendera explorar, indignamente, a jovem, linda e infelicíssima consorte.
Resolvera então a mísera, sempre desastrada, deixar tão abjeto personagem para seguir a fortuna do nosso virtuoso escocês. Feliz inspiração!...
Partindo ambos pois para Ratisbona, ali o malandrim descontou uma letra de 32 luíses do Barão de Ompteda, fidalgo hanoveriano.
Pouco depois, a 1 de dezembro de 1793, via-se Lisle preso pelo novo credor e a mandado de Sua Majestade Britânica! Protestando contra a violência, alegou haver provável engano de pessoa. Apareceu porém o próprio Ompteda, que o fez recolher ao cárcere e incomunicável, acusando-o de graves crimes e refinada impostura.
Seis semanas permaneceu na cadeia, de onde saiu graças à intervenção do Ministro inglês em Munique. Intentou então seguir a Ompteda, acusando-o de o perseguir para lhe tirar a companheira por quem estava loucamente apaixonado. Impostor era ele por se ter irrogado o título falsíssimo de diplomata britânico a fim de poder prendê-lo. Desafiou-o a um duelo mortal mas debalde! Não aceitou o Barão o desafio, mas teve de pagar as despesas que a sua denúncia causara ao Senado de Ratisbona.
Vendo que a nada se movia, resolveu Lisle novamente ir para os Países Baixos. Na viagem, aos ouvidos lhe chegaram notícias do marido ludibriado, do tal Coronel belga... que por toda a parte lhe endereçava ameaças de morte.