quando o inverno e as tormentas surgem e uma delas sou eu, há tanto incitado pelos prognósticos observados na Inglaterra."
No ano seguinte, ao saber da decapitação do infeliz Conde de Strafford — o Primeiro-ministro que, abandonado pelo real amo, subira ao cadafalso a dizer "aprendei a confiar nos príncipes" —, comentava Fleckno em outra carta, e impressionadíssimo, o terrível acontecimento.
A um Lorde cujo nome não menciona, contava que o fim tão trágico de Thomas Wentworth logo lhe arrebatara a Musa. E esta lhe ditara o epitáfio do desventurado ministro.
"Ao ver no cadafalso tal cabeça tombar,
Somente para garantir a de seu Rei
Percebi o aviso dos Pares de tal vítima
Que aquela cabeça cortada para eles é o mais sinistro prognóstico!"
A esta epigrafia reveladora de pequeno talento seguia-se um ensaio sobre o caráter do nobre conde, "o maior ministro que da nação inglesa jamais nascera. Com a sua morte de mártir atingira sua ilustre casa os pináculos da glória".
Pavorosos dias previa Fleckno para a Inglaterra, "todas as leis do reino subvertidas, o Rei a perder a sua autoridade e o Reino transformado em Democracia".