De Gand via enorme imigração de ingleses fugidos à guerra civil. Era uma desolação o encontro com estes compatriotas, uns a lhe contarem o saque de suas casas, outros a recusa de pagamento por parte de seus rendeiros, alguns mais o sequestro dos bens e assim por diante. Assim, não podendo a tanta miséria remediar, resolvera ir para Antuerpia, na sua vida de Bias, a levar os bens consigo num pequeno e único porte manteaux.
Mas em Bruxelas teve a fortuna de ser com a maior amizade tratado por ilustres e opulentas personalidades. Entre outras: a Marquesa de Bergues, "mãe de duas damas incomparáveis", a Duquesa de Lorena e Mademoiselle de Beauvais.
Gaba imenso o jesuíta a hospitalidade da alta fidalguia bruxelesa. Por toda a parte oferecia mesa franca ao exilado, movida pelo espírito da solidariedade católica, acirrada pelo ato de se tratar de homem duplamente perseguido, como sacerdote e como jesuíta.
Que paraíso aquela Bruxelas com a sua nobreza opulenta e castelã!
Que fidalgas ilustres e cultas! Mademoiselle de Beauvais cheia das maiores qualidades esta, então, era verdadeiro prodígio! Não se lhe afigurava uma mulher e sim a própria encarnação da virtude.