Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)

amável o nobre ancestre dos futuros sócios dos Blanc, que forneceu ao inacino a própria falua para a travessia a Gênova.

Deslumbrado com o aspecto da Côte d'Azur e da Riviera perfumadora do Mediterrâneo, graças ao aroma das essências de seus pomares, ainda mais se impressionou o nosso itinerante com a majestade arquitetural da grande cidade portuária, pelos italianos alcunhada la superba.

O palácio Dória e a villa Palaviccini deixaram-no assombrado. Mas o que mais o abalou foi observar a tirania do regime sob o qual vivia o povo genovês.

Nos gonfalões da sua república inscrevia-se Libertas e no entanto "a Nobreza ali só deixava aos vilões uma única liberdade: a de se enforcar".

A propósito de tais processos governamentais expande-se o autor em observações bem néscias para provar esta formidável verdade: engendra a Tirania os abusos e as revoluções.

De Gênova seguiu Fleckno, por terra, visitando Lucca, Pisa, Florença, Siena etc.

Chegando à capital católica noticiava em carta à querida Mademoiselle de Beauvais que de Bruxelas a Roma fizera a viagem quase de graça, havendo gasto uma insignificância de 22 pistolas apenas, tal a generosidade dos seus hospedeiros.

Em Roma, ocupou-se de grande negócio diplomático, da missão que recebera de suas protetoras de Bruxelas:

Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)  - Página 45 - Thumb Visualização
Formato
Texto