História da queda do Império 2º v.

uma demonstração militar para a derrubada de um Ministério, em uma mudança das instituições políticas do país(411) Nota do Autor. Aliás, os próprios chefes do Apostolado foram os primeiros a confessarem o empressement com que foram levar sua adesão ao ainda ontem trânsfuga do Positivismo e hoje poderoso Ministro da Guerra do novo Governo: "Dois dias depois dos acontecimentos, - dirão Miguel Lemos e Teixeira Mendes, - quando já nos havíamos certificado do verdadeiro caráter da transformação que acabava de se operar, fomos levar ao Ministro da Guerra, a fim de que ele a transmitisse ao chefe do novo Governo, uma mensagem de adesão"(412) Nota do Autor.

A participação que esses positivistas tiveram na organização e estruturação da nova República ultrapassa os limites deste livro. Contudo, sempre diremos, para encerrar o presente capítulo, que essa participação, ao contrário do que se tem dito ou do que geralmente se pensa, foi muito limitada, senão mesmo insignificante, se considerarmos o muito que eles pretendiam obter e o pouco ou quase nada que tiveram. De fato, não somente não conseguiram imprimir uma feição positivista ao novo regime, como foram repelidos na tentativa que fizeram nesse sentido.

Assim que pouco depois de sua instalação no Rio de Janeiro, o Apostolado apresentava ao Governo Provisório uma série de sugestões "urgentes" sobre a "organização política que convinha dar à nova República": conservação, a título permanente, da ditadura republicana; acumulação dos Poderes executivo, legislativo e

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