História da queda do Império 2º v.

vários membros do Corpo Diplomático estrangeiro experimentaram ir a bordo do Parnaíba para se despedirem da Família Imperial. Nesse sentido Villamil, Ministro do Chile, dirigiu-se ao Almirante Wandenkolk, em seu nome e em nome de seus colegas do Uruguai e da Argentina, tendo como resposta que não havia nisso nenhum inconveniente. Em vista do que, diz o diplomata chileno, quedamos de ir a bordo a las 11 de la matiana de esse dia varios miembros del cuerpo diplomático. Mas, contrariamente ao que lhe havia dito o novo Ministro da Marinha, não lhe foi dada aquela permissão, e o único que conseguiu ir a bordo do cruzador foi o Ministro da Áustria, Conde de Weisersheimb, graças a um estratagema seu(852) Nota do Autor. Tendo descido de Petrópolis juntamente com os pequenos príncipes, seguiu-os de carro, da Estação de São Francisco Xavier até o Cais Pharoux, deixando-se, assim, passar por um dos acompanhantes dos meninos, o que lhe permitiu embarcar na lancha que os levou a bordo do Parnaíba. Pôde ele assim ficar ali algum tempo com o Imperador e a Família Imperial. Impressionou-o, dirá depois o diplomata austríaco, a "nobre dignidade e serena compostura que caracterizaram Sua Majestade durante a minha permanência no navio. Nem mesmo uma palavra de queixa ou de reprovação saiu de sua boca. Absteve-se, diante de mim, de qualquer comentário relativo ao cruel destino que o atingia".

Já a Imperatriz não tinha a mesma fortaleza de ânimo. Na sua sensibilidade feminina não podia conter

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