História da queda do Império 2º v.

do Apostolado Positivista Brasileiro, a quem acusava de pretender impor a doutrina através de processos condenáveis, isto é, "com protestos cheios de indignação e de censura contra as crenças e atos daqueles que não o reconhecem". Lemos, por seu lado, dizia que Benjamim era um trânsfuga (hoje diríamos um "divisionista"), que por ter assimilado mal ou incompletamente a doutrina positivista, se afastara dos ensinamentos do "divino Mestre"(406) Nota do Autor. Foi uma divergência que só serviu para enfraquecer o Positivismo brasileiro, com a abertura de um cisma em suas fileiras, concorrendo assim para que o grupo ortodoxo chefiado por Miguel Lemos e Teixeira Mendes não desempenhasse na propaganda e no estabelecimento da República, o papel que lhe estaria certamente reservado se outras fossem as circunstâncias(407) Nota do Autor.

Preferiram, assim, os dois chefes do Apostolado se retrair, patenteando com essa atitude o desejo de não serem confundidos com os demais republicanos, sobretudo com os que se diziam discípulos de Benjamim Constant, que não passavam, para eles, de meros "metafísicos democratas". Timbraram em não contribuir para a implantação de uma República que não correspondia em nada aos princípios pregados por Augusto Comte.

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