A língua do Nordeste – Pernambuco e Alagoas

Era no tempo seco que nas eiras

Ceres o fruto deixa aos lavradores.

IV — 27.

Na linguagem do Nordeste é esta a prática corrente; não desaparecem as preposições só em circunstâncias de tempo; outras relações sintáticas são atingidas pelo fenômeno.

Sente-se mesmo a inclinação para o desprezo das partículas de fraco valor fonético.

Na língua culta há também essa prática, mas, o dialeto faz dela uma forma constante e uma maneira uniforme de falar.

Sou Gerone do Junqueiro

De fala branda e macia

Piso no chão de vagar

Que a folha sêca não chia.

Jeronimo do Junqueiro, Terra de sol, p. 225.

No lugar aonde eu canto

Todos tiram o chapéu:

Cada repente que eu tiro

Corre uma estrela no céu.

Inacio da Catingueira, Idem, p. 226.

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