a citação dos inúmeros exemplos que a história humana nos oferece para a constatação da tendência dos Estados a rematarem seu domínio por onde o tráfego seja capaz de levá-lo, já se vê que em proveito de seus interesses.
As lutas pelo domínio do Mediterrâneo; as guerras médicas; as campanhas de Carlos Magno, para levar sua soberania de Atenas à Índia; a ocupação da Península Itálica e da Sicília, em consequência da aparição de Roma e suas campanhas pela conquista da Península Balcânica, toda a história das invasões dos tempos antigos forneceria exemplos dos mais edificantes. O mesmo se passaria nos tempos modernos, sob a forma de unidade nacional, de que são provas a criação do Império Alemão, o Reino Unido da Itália, a aspiração à Grande Grécia, à Grande Bulgária e à Grande Sérvia.
A Guerra Mundial é o desfecho destes esforços em rematar o domínio em nome da unidade nacional, traduzida pela coesão política de blocos étnicos, do mesmo modo que o Tratado de Versalhes é a reação igual e contrária a essa ação. O pós-guerra se processa em torno da recuperação do terreno perdido.