nominalistas e os partidários da presença real. Vejo, sinto e me comovo com efusão com o admirável símbolo de fraternidade que o Cristo se dignou de conferir mísera e mesquinha criatura humana. Nele vejo a imensa ternura de um afeto que foi ao Supremo Sacrifício, à Ignomínia e ao Martírio. Vejo o Sermão da Montanha, coroado e divinizado no Gólgota. A Ceia última, Amor e Liame fraterno, repetida em símbolo pelos Tempos afora. A Eternidade das lições e dos exemplos do Mestre Amado, Luz guiadora na vida e no Além.
Não compreendo bem a presença real. Não será ignorância minha do sentido exato e verdadeiro que a Igreja lhe dá?
Tenho demasiado respeito de um sacramento para o praticar com restrições mentais. E creio saber que concílios condenavam quantos se afastam ou nutrem dúvidas sobre tal ponto. Sei, por outro lado, a lógica profunda da Igreja. Atribuo, portanto, à minha infinita ignorância o que experimento. Preciso compreender, para agir.
Escrevi-lhe, uma vez, que dera tudo por ter a mentalidade ingênua da criança, que age só por sentimento. Mas, sou um velho, inveterado nos