Calógeras

hábitos de análise, intoxicado pelos vírus da leitura e das discussões científicas, que, por pli intelectual, não sabe caminhar para frente numa tese sem ter as provas do que ficou para trás. Por mal meu, não sinto bastante e perco-me no dédalo da chicana do pseudointelectualismo. Eis meu grande mal, entre outros.

Como aproximar-me, de consciência tranquila, da mesa da comunhão; como receber a hóstia do perdão, sem profaná-la; como ter a prova da suprema reconciliação; quando tal hesitação lavra em meu espírito?

Sim, munda cor meum et super nivem dealbabor. Mas é preciso primeiro purificar-me coração e espírito. Há trevas a espancar. Por isso lhe disse: ainda não estou maduro. Esclareça-me, dissipe minha lamentável inópia de conhecimentos."

O padre Madureira não desanimava. Insistia para que Calógeras comparecesse aos retiros espirituais. Tateante, o discípulo respondia: "Realmente, meu caso não é o temor da confissão. Deve tê-lo visto por minhas cartas. Renovo-lhe minha afirmação anterior: nela vejo precioso fator de aperfeiçoamento moral. Experimento-a

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