espiritual! Dez vezes mais árduo fosse o livro do Hugon, e dez vezes mais esforço desenvolveria eu para tentar compreendê-lo!
Mas Lebreton está me servindo, mal comparando, de Gradus ad Parnassum. Penso penetrar-lhe melhor o sentido e assim talvez consiga decifrar um pouco mais as dificuldades do professor do Collegio Angelico. Quando tiver terminado a releitura do artigo do Dicionário Apologético, escreverei ao amigo dando-lhe minha impressão. É certo que já compreendo melhor certos pontos e interpreto menos erroneamente outros. Com o vício ingênito da educação matemática, desprovida de souplesse, verifico que dei significado por demais literal a muitas palavras: creio que foi o erro dos cafarnaítas. Mas, ainda nisto, fui inspirado pela versão de Mateus — est, est; non, non. Já vejo que preciso dar mais elasticidade ao valor dos textos, para não cair no engano de atribuir à matéria supremacia sobre o espírito.
O trecho de Sertillanges que me mandou, e que não conhecia, veio trazer-me grande consolo. Perdi, vai para um mês, um grande amigo, Martim Francisco, que era um justo e viveu segundo a