feitos de várias substâncias vegetais aromático-narcóticas. Mas, além de nenhum viajante ter notado a referida abnormidade nos dentes das nações entregues a este vício, perde esta hipótese a sua probabilidade pela experiência geral, de que usos análogos, tais como o uso do fumo do bétel, não produzem semelhante efeito, o qual neste caso deve ser limitado principalmente aos dentes molares.
Julgo, portanto, que o interessante fenômeno, que oferece em comum os antigos habitantes do Egito e do Brasil, não está ainda satisfatoriamente explicado; motivo mais para se fazer merecedor de toda a atenção dos sábios.
O fundamento principal, sobre que é baseada a opinião geralmente adotada da origem gerontogoea dos povos da América, consiste na bem pronunciada semelhança que se observa entre a raça Americana e a raça Mongólica. Consideradas debaixo do ponto de vista craniológico, que sempre deve merecer, a primeira consideração, as raças humanas apresentam três formas principais dos crânios, as quais o primeiro antropólogo dos nossos tempos, o célebre Prichard, tem designado com as denominações apropriadas de forma oval, forma prognata, e forma piramidal. A primeira compreende a raça Caucásica, a segunda Etiópica, e a terceira as raças Mongólica e a Americana. Os caracteres mais essenciais por onde esta última se distingue daquela são a maior estreiteza e a baixeza da testa, e a maior proeminência dos ossos faciais. Ora, estes caracteres sendo outras tantas aproximações para o tipo animal, deve a raça Americana ocupar o lugar inferior na escala, comparativamente à raça Mongólica. Admitindo-se agora a hipótese de uma origem comum para estas duas