como um dos mais notáveis centros culturais entre os europeus do norte, conduzia-o para um vasto território de pesquisas científicas.
Obedecendo naturalmente à nova ordem de pensamentos, que o haviam conduzido a uma diferente fase de observações, os países tropicais passaram a preocupar grandemente o cientista, por constituírem um campo de ação mais vasto e quase que inexplorado.
Já por esse tempo se encontravam no Brasil vários estrangeiros ilustres como Saint-Hilaire, Langsdorff, John Mawe, Eschwege e outros. Talvez aos ouvidos do jovem naturalista tivessem chegado as interessantes notícias dessas explorações científicas.
Segundo o dr. Theodoro Hangaard, antes de viajar para o Brasil Lund herdara a parte a que tinha direito da fortuna de seu pai, Henrique Lund, comerciante abastado de Copenhague, falecido em 1820. O velho Lund casara em segundas núpcias, tendo desse consórcio cinco filhos, dos quais o quarto foi o nosso naturalista.
Diz-nos o dr. Nelson de Senna: "O apelido Lund é o nome local da grande cidade, hoje capital da antiga província dinamarquesa da Scania Sueca, que fica situada em uma fértil região a cerca de 24 milhas a Este de Copenhague. Seu primitivo nome latino era Londinum, ou Londunum Gothorum (a Lundia dos Godos, povos escandinavos)".
Da velha cidade tirou a família de Wilhelm Lund o seu cognome. Entre os antepassados do naturalista figuram nomes notáveis como o de Zacharias Lund, poeta do século XVII; Carlos Lund, jurista eminente e Daniel Lund, conceituado hebraísta.
Em 1825 aparece uma tradução do trabalho médico de Peter Lund, que havia sido premiado pela