Peter Wilhelm Lund no Brasil - Problemas de paleontologia

Ao efetuar as primeiras observações o naturalista pensou tratar-se de um fenômeno motivado por uma formação patológica. Verificou, contudo, mais tarde, após continuadas pesquisas, a permanência do fenômeno nessa ave tão comum no país, e apresentou sobre o assunto uma comunicação nos Annales des Sciences Naturelles, (vol. XXV de 1832).

Segundo Langgaard esta observação caiu em completo esquecimento, pois não mais foi ventilada posteriormente.

Como se depreende do exposto a permanência de Lund no Brasil, de 1825 a 1829, foi de extraordinária importância para a ciência, embora não tivesse ele coordenado todo o material que transportara para seu país.

Verificamos que a sua demora em Copenhague não foi grande porque em outubro do mesmo ano de 1829 partia para o sul da Europa. Mas o desejo de obter o grau de doutor fez com que se detivesse em Kiel. Para esse fim já enviara de Copenhague, a essa Universidade, a sua conhecida Memória De Genere euphone.

Aos quatro dias de novembro recebia aí o diploma de doutor em filosofia. Ao chegar a Berlim o jovem sábio teve a felicidade de realizar uma grande aspiração — a de travar relações pessoais com os célebres zoólogos daquele tempo, Lichetenstein e Rudolphi.

A permanência em Berlim permitiu-lhe realizar estudos no Museu Zoológico, que lhe foi franqueado de forma completa. Deixando a capital da Alemanha passa por Dresde e Praga, chegando nos primeiros dias de dezembro a Viena.

As notáveis coleções Zoológicas dessa cidade impressionaram-no vivamente, pois aí pôde encontrar

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