rever todos os seus estudos sobre o Brasil, a fim de dar publicidade aos que pudesse concluir.
Em carta dirigida ao prof. Reinhardt, datada de Paris, Lund manifesta a sua firme disposição de voltar ao Brasil, terra que tivera para ele tantos atrativos e onde encontrara um clima excelente para a sua saúde.
Parece que novamente se inquietava quanto ao estado de seus pulmões, receando as consequências do frio europeu. Em Nápoles encontrou-se Lund com o anatomista dr. A. W. Schultz e durante algum tempo estudaram juntos, efetuando experiências sobre a circulação dos crustáceos.
O trabalho que realizaram foi publicado no Iris de Oken, em 1830. Continuando suas viagens visitou outras cidades da Itália: Florença e Milão.
Foi a Genebra para conhecer, segundo uma suposição do dr. Langgaard, o célebre botânico P. De Condolle e daí seguiu para Paris, onde procurou encontrar-se com o célebre entomólogo Lacordaire.
Lund fora recomendado a Saint-Hilaire, que já se achava na França, mas, infelizmente, não o encontrou em Paris. Ausentara-se esse grande homem de ciência para passar o inverno em Montpellier.
Uma outra recomendação, fornecida pelo dr. Guarini, que havia traduzido a monografia sobre as vivissecções, aproximou Lund de Milne-Edwards, que apesar de não concordar com as teorias do mesmo sobre a circulação dos crustáceos decápodes, o recebeu com a maior cordialidade, apresentando-o ao zoólogo V. Audouin, a quem Lund já escrevera cartas científicas. Este zoólogo, por sua vez, foi quem apresentou o naturalista dinamarquês ao grande Cuvier, que então realizava em sua casa memoráveis reuniões de sábios. Aí pôde ele conhecer os mais notáveis