Pré-história brasileira - vários estudos

de Marajó, os traços que pudessem, de forma segura, fixar a feição característica de um tipo dominante.

Isso não conseguiu o ilustre arqueólogo ante a diversidade dos aspectos da face humana.

Diz ele:

"Desde a face mais orthognata até o maior prognatismo símio; desde o crânio mais amplo e de frontal mais elevado, cujos dileneamentos relembram o mais belo tipo japonês até aquela depressão craniana dos personagens esculturais do povo Maia dos monumentos do Pelanque, depressão com justos motivos havida por exagero fantasioso do escultor; todas as mais belas formas, todos os mais hediondos tipos que têm apresentado o crânio e a face humanos sem exceção dos mesmos casos de teratologia, estão aí figurados com admirável naturalidade e sentimento artístico".

Querendo explicar o fenômeno dessa intromissão de influências culturais o cientista adverte, a propósito de uma tal diversidade de tipos humanos, que Henry Schoolcraft considera os hindus americanos como destroços ou restos de diferentes raças, o que até certo ponto justifica as tradições dos povos americanos.

Referindo-se ao povo a quem se devem os curiosos e singulares mounds de Marajó, diz-nos Ladislau Netto: "Os testemunhos que a arqueologia nos deixou apresentam-no ou como nação mesclada, fusão de muitos povos, ou ainda em maior grau de probabilidade,

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