Pré-história brasileira - vários estudos

se notava entre os índios das regiões ocidentais do Mississipe.

O arqueólogo Francisco de Aparicio apresenta uma erudita comunicação, no órgão de divulgação do Museu Antropológico e Etnográfico de Buenos Aires, sobre a possível influência da cultura Arawak entre os aborígenes do litoral do Paraná. Essa influência se manifesta, na decoração cerâmica, pela prática comum de representação de figuras plásticas em relevo.

Essa analogia se presume, apesar do caráter local bem definido. O estudo de Francisco Aparicio parece ter revelado, pela primeira vez, nos restos industriais do Paraná, esse caráter francamente amazônico. A prova lhe veio de um interessante achado, na zona insular próxima à cidade de Diamante, o qual se pode vincular sem reserva à conhecida cerâmica do tipo Arawak, com decoração pintada.

Deve o ilustre arqueólogo argentino essa importante diligência à senhorita Rosa Elvira González, filha dessa formosa cidade entrerriana.

Corresponde o fragmento de cerâmica encontrado à parte superior de um vaso.

A cerâmica a cujo estilo pertence a peça de Diamante é, aliás, de ampla difusão na América do Sul.

Esse tipo de arqueologia tem na desembocadura do Amazonas, e, especialmente na ilha de Marajó, a sua região clássica por demais conhecida.

Aparicio acha, com bastante razão, que apesar das continuadas explorações, essa ilha ainda conserva uma preciosa quantidade de tesouros. Também na Guiana Brasileira se efetuaram achados dessa classe. Como se depreende dos conhecidos estudos do barão de Nordenskiöld, essa louça ainda se encontra regularmente conservada em seus caracteres típicos.(3) Nota do Autor

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