Porto. Em 1904 dizia von Ihering, diante de achados arqueológicos: "Eis aqui, pela primeira vez, achados arqueológicos que admitem ou melhor provocam uma comparação da cultura dos sambaquis com a dos calchaquies". Mais tarde, porém, é ainda Ihering que retifica: "A falta completa de objetos cerâmicos e metálicos nos sambaquis exclui uma comparação franca, que nos impede de afirmar que os habitantes dos sambaquis fossem calchaquies".
Mas Antonio Serrano nos diz que "as culturas andinas desenroladas desde S. Juan, em território argentino, até o Equador, possuem elementos que são constantes e característicos na cultura dos sambaquis. São eles os pulverizadores de substâncias narcotizantes e os "rompe cabeças..." Os mencionados pulverizadores aparecem em território uruguaio e nas serras de Cordoba e São Luiz, na área ocupada pelos antigos comechingones. Aurelio Porto, ilustre investigador brasileiro, tem posto em foco certos problemas de arqueologia comparada de grande interesse, com o que se refere as chamadas pedras de crisóes ou morteros coletivos, da República Argentina, e que em nosso país têm sido estudados em varias localidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essas pedras de crisóes têm sido também assinaladas no norte do Brasil, embora não lhe tivessem dado, ao que parece, uma significação de importância.
Julgamos desnecessário enaltecer a importância da louça para o estudo das civilizações antigas. A sua influência na história e na evolução da arte são do mais elevado interesse para o etnólogo e o arqueólogo.
Por isso se dedicam os sábios às pesquisas de sua origem, data de aparecimento, quais as nações