Pré-história brasileira - vários estudos

Quando a argila continha depósito calcário, está de tal modo presa aos ossos, que se torna impossível destacá-la, em virtude de sua dureza e da fragilidade das peças orgânicas.

Em casos mais raros os ossos conservando a superfície intacta, a cor branca na fratura e a estrutura orgânica, têm as células de seu tecido cheias de matéria pétrea, aliando-se a esta última alteração um aumento muito considerável de densidade. Quando neste estado merecem o nome de ossos petrificados.

Podem, afinal, apresentar-se em outras condições, diferindo ainda mais de seu estado primitivo. Neste último caso, a própria estrutura orgânica desapareceu, dando-se a completa substituição do tecido ósseo pelo carbonato de cal".

Lund entrara no campo da Pré-história, realizando um milagre de inteligência ao vencer as dificuldades de uma ciência que ainda não era um "método estratigráfico", o que não impediu, no entanto, que ele reconhecesse o mérito da descrição dos estratos ou capas geológicas.

A geologia, pois, foi para o Dr. Lund um elemento de incontestável precisão. Bem afirma o prof. Mairett, da Universidade de Oxford, que o geólogo é quem facilita o cronômetro pré-histórico. Os pré-historiadores têm que calcular em tempo geológico; isto é, não por anos, mas por épocas de extensão indefinida, correspondentes às mudanças notáveis das condições da superfície terrestre.

Mairett cita o fato seguinte: "Recordo-me de haver ouvido uma pergunta dirigida ao sábio M. Cartailhac, em uma conferência que realizou sobre a idade das pinturas pré-históricas, encontradas em cavernas de França e Espanha, e que a resposta foi: de seis mil a 250 mil anos".

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