O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

como a consciência do homem pode ser esclarecida, todo homem é mutável do mau para o bom e do péssimo para o melhor, como também pode dar-se a sua perversão. O que importa são os princípios, as ideias que os homens esposam. E se só as ideias nos interessam, portanto, interessa-nos o homem no seu sentido mais profundo, mais respeitável. Não é o homem em particular que por ventura reprovamos ou defendemos. Certamente em certo sentido é o homem, mas o homem pelas suas ideias, pelas suas qualidades, pelos seus méritos ou deméritos; e também as ideias por causa do homem. É evidente. O crítico terá imediatamente percebido o alcance da nossa observação. Respeitada a dignidade de todos, levamos em conta o móvel que os fazia agir, e por eles fazemos a devida justiça.

Historiar é julgar. Por isso o historiador tem, por certo, grave responsabilidade, porque a história é elemento de experiência e deve ter em conta a Moral. Qualquer leviandade é uma imoralidade. Qualquer paixão, um elemento de nulidade do juízo histórico. Falsificar a verdade ou juízo histórico é lesar a humanidade. É um crime.

Este livro foi escrito refletindo essas verdades. É sincero e impessoal. A crítica imparcial levará em conta a nossa intenção.

O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817 - Página 20 - Thumb Visualização
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