O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

partido da "sua" política, mas nunca nos que encaram a política pelos seus princípios universais. Não seria nosso caso.

Entendemos a política no seu sentido profundo e universal cuja fonte é a filosofia perene. Não temos, pois, partidarismo. A história, como a vida, tem um curso natural. Qualquer intervenção violenta nessa sequência de fatos, é antinatural, logo, anti-histórica. Por isso a revolução é a inimiga da história; quer, sem ter direito, um lugar na história. Não é revolução o fato da repulsa à tirania injusta, mas o fato de se modificar, sem razão, o curso da história. Porque há leis eternas que regem a história do mundo: o homem livre, pensante, racional, portanto lógico, (e a lógica se cinge a razões naturais, não violentas), e a Providência Divina. Fora daí, a revolução. Há, pois, uma política de princípios universais. Nesse costado se achava o Conde dos Arcos. O historiador nada mais fez que se colocar diante dos fatos. As conclusões são espontâneas, naturais, lógicas. Não há partidarismo, não há preferências pessoais. A experiência histórica surge naturalmente da visão do estado anterior ao fato; da constatação do fato histórico, das consequências posteriores dos efeitos desse fato.

Entendemos que os elementos raça, meio e tempo não são essenciais mas acidentais. Elementos auxiliares à consumação deste ou daquele fato histórico. Não ferimos a dignidade racial de ninguém; não personalizamos as tendências. Isso porque não somos deterministas. A formação faz o indivíduo. Claro é que a educação inclina para este ou aquele lado, mas

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