e profundeza; perspicacíssimo conhecedor da História que ele sabia interpretar nas suas mais difíceis e misteriosas passagens, e do que ele muito gostava. General emérito, tinha vastíssimos conhecimentos da arte militar, de que possuía esplêndida biblioteca. A este respeito melhor falam os seus adversários. O Conde era admirado pela sua larga cultura e erudição, falando, com elegância, várias línguas.
O Correio Brasiliense, de maçônicos intuitos, estava agora proibido no Reino desde 17 de junho de 1817, segundo portaria que também vedava ao "Português", - ainda mais sedicioso e incendiário que o outro, - em todas as partes do Domínio Português, pois o seu fim era, conforme a proibição, "concitar tumultos e revoluções nos povos para perturbar em todos os órgãos do Estado e introduzir a anarquia fazendo destruir os dois supremos poderes que Deus ordenou para governar os homens com o evidente objeto de destruir os altares e os tronos". Entretanto, uma correspondência de 9 de março de 1818 iria dizer ao Correio Brasiliense, a respeito de Dom Marcos, comentando a organização do novo gabinete: "o Conde dos Arcos, era um que entre os fidalgos portuguezes tinha grandes creditos devido isto à educação que a viuva sua Mãi lhe tinha feito dar. O Visconde de Anadia, que o conhecia, e que era então Ministro do Ultramar, achou que o devia empregar e foi nomeado Governador do Pará onde se distinguiu e depois passou para o Rio de Janeiro onde se achava à chegada de S. M. e da Familia Real, e não obstante os relevantes serviços que fez nesta época critica senão livrou de lhe armarem uma furiosa intriga"