estava anarquizada a inteligência que demonstramos a participação de padres naquela revolução. E não tivemos outro intuito. Imbuídas de princípios malsãos, todas as instituições são perniciosas. A Monarquia, as Corporações, só são boas dentro do espírito católico. Do contrário tanto servem para o bem como para o mal. E o espírito católico é hierárquico e antiliberal... Perdido o sentimento de disciplina tudo se igualitava no individualismo liberalista. Esse o aspecto daquela época tão próxima à revolução francesa. Os meios políticos, os meios sociais, a própria família, liberalizavam-se. A Independência do Brasil seria fruto do liberalismo, sinal evidente de revolta, de imediatismo, de falta de equilíbrio político. Apesar de proibição legal e repressão vigilante, as lojas maçônicas tramavam, conspiravam, agitavam a "opinião popular", - outra instituição que agora surgia para gozo dos demagogos. Os livros importados, especialmente de França, traziam a doutrina liberal, já agnóstica e sectária, já furibundamente subversiva. Em vão o santo ofício procurou impedir-lhes a entrada; em vão o intendente Pina Manique mantivera séria vigilância contra a entrada das "ideias francesas". As aparências desapareceram para surgir a realidade. À discrição com que foram lançados os princípios revolucionários, sucedeu o descaro, pois a revolução francesa triunfara, afirmara os seus princípios. A propaganda fazia-se não mais indiretamente, mas diretamente. Ser antiliberal naquela época equivalia a expor-se à ruína completa. O Brasil, vasto celeiro mundial, com as suas inauferíveis reservas, seria presa apreciável do liberalismo. Toda a Economia do Império Lusitano