O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

"manda do Brazil para Portugal se não a pequena quantidade de Generos Coloniaes que apenas chegue para o consumo inteiro do Paiz.

D'onde - Acodir a Portuguezes fieis em estado de Disgraça he o mais sagrado dos Deveres de V. M.

Mas acodir a Portugal sem com elle repartir da Fortuna que delle mesmo se tirou a favor do Brazil he o mesmo que Pertender o que se sabe de certo que he impossivel conseguir: Logo não se podendo restituir já mais a Portugal o antigo privilegio de ser o Emporio exclusivo dos Generos Coloniaes, privilegio d'onde defluiu a imensa riqueza que o fez tanto respeitavel na Europa, devem todos os nossos esforços esmerar-se em descobrir meios de substituir-lhe especialmente a fortuna que lhe provinha de ser o Entreposto de todo o Producto do Brazil, não só para principiar já a entrar alguma vitalidade na Nação meio amortecida, mas tão-bem para preparar, e, por assim dizer, antecipar facilidades que em qualquer futuro obviniente podem vir a ser ampliadas, e por extremo uteis. Lembra por tanto naturalmente estabelecer em Lxa. o Porto franco, aligeirar quanto possa ser a exportação de tudo qto for producto do Brazil em Navios Portuguezes, de propriedade nacional, e sobre tudo aliviar nas Alfandegas da America quanto mais melhor as producções da Agricultura e Industria de Portugal.

O primeiro effeito infalivel destas medidas he ligar Portugal com o Brazil o que por certo se não conseguiu com a Magna Carta da"

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