como maçom, colaborar universalmente preparando o advento da queda dos tronos perdidos num passado que nada mais era que a sombra do espírito tradicional eterno da consciência universal sofrido através dos séculos, vivido e glorificado pelo engrandecer da nacionalidade. O Marquês reformava destruindo, reformava abatendo pelas raízes. Assim, pois, seria necessário dar nova direção à inteligência e espírito português para, em futuro não remoto, deixá-los aptos para a era liberal. Curioso é notar como o liberalismo só nasce do despotismo e nada é mais senão um despotismo mascarado de liberdade.
Em 1752, reforma as Universidades fazendo com que predominasse o estudo das ciências naturais e positivas - é o naturismo materialista pragmático. Cria o colégio dos nobres entregue a mestres estrangeiros imbuídos do novo espírito. Assim, desfigura a Nobreza. Mais notória é a fundação, em 1759, da Escola de Comércio como baluarte do economismo egocêntrico que tomaria ascendência sobre todas as instituições.
Tais são as experiências democráticas em Portugal, e, consequentemente, no Brasil. Convém ainda notar como o democratismo se estabelece através da tirania mais marcada, mais odiosa!
Todas essas mudanças derivam do espírito de Pombal e se explicam pelas próprias circunstâncias pessoais da sua vida. Em 1733, casou-se em primeiras núpcias com D. Tereza de Noronha de Mendonça e Almada, sobrinha do sexto Conde dos Arcos de Valde-Vez, com grande oposição da família que não se conformara com a genealogia do filho de Manuel Carvalho d'Ataíde, Comendador da Ordem de Cristo,