Os primeiros troncos paulistas e o cruzamento euro-americano

São a de Oliveira Vianna, apreciado homem de letras e acurado estudioso de coisas sociológicas, Populações Meridionaes e ó trabalho recente do erudito escritor nortista Gilberto Freyre, intitulado Casa Grande e Senzala.

Oliveira Vianna, no seu trabalho citado, ao reconstituir a organização sociológica paulista nos primeiros séculos, teve que por si mesmo elaborar todo o material de que lançou mão. Nada havia feito. Além do sociólogo, sintetizador, Oliveira Vianna teve que ser um analista pesquisador nos arcanos do nosso passado para dali tirar as premissas que lhe iriam servir de alicerces. Serviço gigantesco, portanto!

É natural que assim tendo de proceder o erudito sociólogo fluminense nem sempre se haja estribado em elementos exatos.

Por isso todo o edifício do Populações Meridionaes, erguido com o brilhantismo de uma pujante cultura, deveria ter pontos menos sólidos. Assim no que se refere ao paulista dos três primeiros séculos, Oliveira Vianna, em falta de elementos, teve que se estribar, ao reconstituir o seu tipo sociológico, no paulista do século XIX que, em plena fase da cultura cafeeira, se alastrou senhorialmente pelo vale do Paraíba.

Ei-lo agricultor, senhor de opulento latifúndio, a dominar feudalmente nos tempos do primeiro reinado, da regência, etc.

Era a influência do latifundiário do Estado do Rio que com a cultura do café se estendia Paraíba acima. A cultura do café nesses tempos do oitocentismo

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