Os primeiros troncos paulistas e o cruzamento euro-americano

no seu clímax, dominou de fato no norte de São Paulo e teve mesmo projeções no oeste do nosso Estado. Campinas o conheceu, Limeira, Rio Claro e até S. Carlos travaram conhecimentos com esse tipo do qual eu mesmo conservo reminiscências na minha próxima ancestralidade.

Eis os condes, os barões, os marqueses, os comendadores, legítimos antepassados dos coronéis da República, a hospedar Pedro II, ou a chefiar os liberais ou os conservadores, ainda no velho regime.

Eram as grandes plantações cafeeiras tratadas pelo negro, antes de 13 de maio de 88, que viviam nas senzalas ou nos quadrados, que tingiam os velhos domínios senhoriais desses tempos idos do oitocentismo, único que faz o tipo rural do paulista assemelhar-se ao do norte açucareiro.

Eu mesmo já estive à frente de um desses estabelecimentos agrícolas, no município de S. Carlos, que outrora fora aberto por meu avô o Visconde da Cunha Bueno e por meu pai o Senador Alfredo Ellis, que aí enterrara toda a sua vigorosa mocidade.

Era uma propriedade imensa que ficava à ribanceira do Mogi Guassú, a Fazenda de Sta. Eudoxia. Nesses tempos longínquos da escravidão esse latifúndio lembrava bem o que Gilberto Freyre descreve, e já muito anteriormente Oliveira Vianna desenha no seu notável Populações Meridionaes.

A organização criada pelo café, com sua manipulação agrícola e o seu trabalho industrial, com o tipo social patriarcal do paulista que o herdou do seu ancestral português com a escravaria de origem africana, com o isolamento selvático a que obrigava o

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