Os primeiros troncos paulistas e o cruzamento euro-americano

Aqui havia mais atividade e trabalhava-se com mais intensividade em núcleos mais numerosos, mais concentrados, porém de menos vulto nas suas proporções. Os patriarcas lá tinham mais poder, a prole era maior, com famílias mais volumosas; havia mais cabedais concentrados e a escravaria era mais vultosa em número. Aqui os patriarcas eram bem menos opulentos ainda que mais numerosos. Lá o poderio dos potentados se firmava mais na própria família e nos apaniguados. Havia mais centralização. Aqui o valor dos figurões rurais se estribava mais na clientela e na parentela.

Mas essa semelhança foi só no oitocentismo porque a cultura do café introduzida pelo vale do Paraíba produzia fenômenos que se aproximavam das formas originadas da cultura do açúcar. Além disso havia a escravatura negra, lá e aqui, para marcar mais um ponto de contato.

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Antes desse século XIX, tudo foi muito diferente. Lá havia a grande propriedade com todos os signos patriarcais marcados por Gilberto Freyre no seu Casa Grande e Senzala. Lá havia o africano a tingir de negro a escravaria. Lá havia uma organização social estribada na opulência da cultura açucareira. Lá o potentado tinha um poderio próprio derivado de sua familiagem enorme e da sua propriedade latifundiária própria. Ele era o mandão porque tinha forças para o ser.

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