Os primeiros troncos paulistas e o cruzamento euro-americano

Aqui tudo era diferente. Não havia ainda monocultura especializada. Não havia latifúndios. Não havia escravidão africana. Não havia opulência. O paulista valia, não de per si, mas pela suas alianças, pela sua parentela, pelos seus correlatos. O regime sociológico era o comunitarismo das bandeiras e os núcleos patriarcais, por não haver o latifúndio, se aglomeravam na pequena propriedade banindo o isolamento, e cultivando maior sociabilidade nos vilarejos satélites de Piratininga. Casa Grande e Senzala descreve o norte mas ignora o sul.

É preciso não confundir!

Depois da lei de 13 de maio de 1888 tudo voltou a ser profundamente diferente no norte e no sul. Sim, porque já não era antes da aparição do café? Não foi o café na sua cultura primitiva que assemelhou o sul do norte? Não foi ele que atraiu o negro escravo tingindo a população do sul?

Depois da lei de 13 de maio de 1888 o sul evoluiu.

O negro entrou em decadência. O europeu se sedimentou pela imigração intensiva clareando a população. A propriedade se fracionou ainda mais. Desapareceram os velhos senhores com a extinção do regime patriarcal. A família diminuiu de volume. Suprimiram-se ainda mais os isolamentos com o desenvolvimento das comunicações fáceis, rápidas e intensas. A atividade rural teve que se dividir com a atividade urbana na faina diuturna e o paulista se limou mais com a urbanização e a instrução mais cuidada.

Com isso a opulência aos poucos lhe invadia a região o que lhe facultava os recursos que escasseavam no norte. A população paulista mais clareada, menos

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