Como fugir disso? Como não se abeirar do determinismo? Como não dar ao meio físico a magna importância?
Uma pergunta, porém eu faço de há muito e só recorrendo à casualidade histórica se poderá respondê-la com satisfação.
Por que a gente de Martim Affonso aportou na costa, em S. Vicente, e não em outro ponto qualquer? João Ramalho aí estava. Então seria apenas recuar o problema. Por que João Ramalho se localizara nessa região e não alhures?
Naturalmente porque tendo naufragado aí, se localizou nas proximidades. Acaso. Mas por que a expedição colonizadora de Martim Affonso, tendo antes de encontrar Ramalho e não podendo saber desse futuro evento, não ficou com sua carga humana na linda Guanabara, tão promissora, tão fagueira? Nada nos ensina a esse respeito.
Há muita coisa no passado que permanece ainda nublada pelo véu do mistério. Aí o escalpelo da ciência não poderia ser empregado com sucesso. Não temos material para trabalhar. Os analisadores do além ainda não nos oferecem elementos para fazê-lo. São tão poucos esses analisadores! E, convenhamos, o mister não é muito convidativo. Só mesmo quem tenha pendores para a pesquisa e possua recursos materiais que subtraiam as obrigações da luta pela vida. Os ardidos prélios do struggle for life obrigando a atenção a ser desviada para outras atividades impedem que se faça mais.