Sou dos que veem a mais alta visão no autor do famosíssimo "papel forte".
Ele e Dom Francisco de Sousa Coutinho, o embaixador português em Haya, esses a quem chamavam "judas do Brasil", tinham a mais nítida inteligência política que se possa imaginar (Calógeras, Política exterior do Império, 122 e 132) .
Com uma admiração tão ardente por tantos vultos loyolistas, como ser eu taxado de contrário aos jesuítas?
Se não empresto grande autoridade às crônicas jesuíticas Seiscentistas e em particular às do padre Simão de Vasconcellos, é porque elas são por demais apaixonadas contra os paulistas.
Havia uma séria contenda entre jesuítas e paulistas.
Os jesuítas escreveram crônicas a respeito.
Mas eles eram parte nessa justa.
Eles, humanamente, não poderiam querer fazer obra de historiadores conscienciosos e imparciais.
Legaram-nos meros arrazoados, os quais naturalmente tinham que vir eivados de dogmatismo apaixonado.
Não são essas crônicas relatos serenos e plácidos dos eventos.
Nelas uma crítica histórica bem feita, teria de descobrir laivos de raivosa violência de linguagem contra os paulistas.
Frei Gaspar da Madre de Deus o angélico beneditino, o seráfico monge historiador não julgou os escritos dos jesuítas seiscentistas de outra forma.