O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano

Aliás, quem ensina isso é o eminente Oliveira Vianna, fluminense ilustre, no brilhante prefácio de seu Populações meridionais.

Ele aí afirma:

"É já possível distinguir, da maneira mais nítida, pelo menos TRÊS HISTÓRIAS DIFERENTES: a do norte, a do centro-sul, a do extremo sul, que geram por seu turno, três sociedades diferentes: a dos sertões, a das matas, a dos pampas, com seus três tipos específicos: o sertanejo, o matuto, o gaúcho. É impossível confundir esses três tipos, como é impossível confundir essas três sociedades, como é impossível confundir essas três HISTÓRIAS, como é impossível confundir esses ecúmenos".

São do rio-grandense Coronel Alencastre, no seu livro O regionalismo no Rio Grande do Sul, as frases seguintes:

"O Brasil é um vasto cenário, grande demais para manter uniformidade. O Rio Grande do Sul, por exemplo, é um quadro à parte. Apresenta as suas linhas características, as suas personagens originais, o seu meio claro e perfeitamente definido. Não deve haver motivos para estranhezas no fato de ser o gaúcho um tipo à parte na comunhão brasileira. O país é muito grande. Os elementos de diferenciação atuam com caráter permanente em muitas circunscrições do território nacional. Noutras mais. Noutras menos. Em algumas nada".

O livro citado corre todo por essa ordem de ideias.

O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano - Página 20 - Thumb Visualização
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