O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano

Era um curto raio de ação o dos europeus no hinterland do Tietê, talvez do Paraíba, do Jeticaí, etc., o que marcava a expansão do bandeirismo.

Por esse motivo não é esse período o que caracteriza com nitidez a fulgurante epopeia.

Na história de São Paulo, o século quinhentista foi antes o século do povoamento que se iniciava em sedimentações que se sucediam.

O Quinhentismo recebeu as primeiras camadas que se foram assentando no fundo indígena, formando as primeiras mestiçagens, originando a raça mesclada que deveria surgir no palco do Seiscentismo, como personagem máxima da penetração.

O Quinhentismo preparou o salto, que no período seguinte deveria ser dado pelo bandeirismo.

O Quinhentismo cavou os alicerces, sobre os quais o edifício se levantaria majestoso.

O Quinhentismo preparou o cenário e criou as personalidades, que deveriam representar o grande drama das bandeiras.

O Quinhentismo foi um prólogo embaciado de uma madrugada que se abria radiante e ensolarada no Seiscentismo.

O segundo século foi o capítulo magno da maravilhosa empreitada.

Ele testemunhou todo o devassamento, toda a conquista. Ele assistiu a penetração da civilização. Ele viu a veiculação do europeu lusitano e do paulista, este mesclado daquele com o guaianá, o temiminó, o carijó, etc., até as fraldas enrocadas da grande Cordilheira.

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