São questões radicais para o povo paulista, as que se entrebatem nesses choques políticos de magna repercussão.
O que é o povo paulista, senão o conjunto de todos esses elementos?
É claro pois que desse jogo de forças, surta uma mentalidade homogênea, uma sentimentalidade igual e coesa em torno dos interesses paulistas.
Nela comungam apaixonadamente não só os filhos desta terra, como também os exóticos aqui radicados.
Suas fortunas estão em cheque. Anos de trabalho, vidas inteiras de esforços que frutificaram, labores mourejantes sem conta, se entrebatem em iminências de esboroamentos, de catástrofes, de abismos, etc.
Em idênticas situações estão os dos seus parentes, dos seus amigos, dos seus conhecidos, dos seus patrícios, etc. Todos em São Paulo correm riscos iguais. Todos podem ser diminuídos, com aumento grande nos impostos, maus empregos dos dinheiros públicos, desvios destes para outras regiões brasileiras, etc.
É natural que em São Paulo, todos tenham os mesmos interesses, comunguem nos mesmos sentimentos, participem dos mesmos ideais, se apaixonem pelos mesmos motivos e se integrem na mesma mentalidade.
Daí a impressionante avalanche que fez o famigerado 23 de maio de 32.
Daí a onda compacta que fez 9 de julho de 32.
Daí os resultados quase unânimes das eleições de 3 de maio de 33.