Populações paulistas

parece ser o que mais se equilibra entre as diversas correntes formadoras das populações paulistas.

Se a corrente paulista tem certa dose de negros e de mulatos, nos quais a mortalidade é sabidamente mais avultada, cousa que nos poderia levar a erro, avolumando em demasia as porcentagens paulistas, também não podemos deixar de consignar o fato dos exóticos aqui aportarem em estado de pobreza, de falta de princípios e de recursos higiênicos, o que os sujeita, em meio físico diferente, a uma maior mortalidade, a qual deverá contrabalançar qualquer erro.

Essas duas tendências, agindo em sentido contrário, devem se anular destruindo-se, de modo que, estou convencido de que as porcentagens referentes à mortalidade devem ser as correspondentes, mais ou menos exatas, as porcentagens da existência real de cada uma das correntes de populações que aqui convivem.

Nem se diga, por exemplo, que os imigrantes tendo uma média de idade mais baixa do que a da população em geral, estejam por esse fato mais livres da mortalidade, que assim deixaria de ser um reflexo do vulto de cada estirpe.

A imigração italiana, já data de várias dezenas de anos, e a época em que maior foi a importação de braços para a lavoura, já vai bem distante de nós, orçando de vinte a quarenta anos, de modo que a gente vinda nessa ocasião está ultrapassando a média da existência humana, com o que a mortalidade desses estrangeiros tem que ser avultada.

O grosso dos nossos imigrantes, desses que vieram em massa de mais de uma centena de milhar de indivíduos, agora é que estão ultrapassando as médias da existência humana, e atingido as raias finais da corrida pela vida; de modo que o critério da mortalidade, ao invés de ir nos

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