ou pouco depois dele, como, por exemplo, o dos pais se absterem de certas comidas e trabalhos para não fazer mal ao filho, suposto em íntimo contato com eles. Esses costumes, porém, certamente existiram outrora, como entre todos os outros povos naturais do Brasil. Foi conservado o costume de dar o pai o nome índio ao filho e de determinar a que grupo da "metade" paterna o filho pertence, quando o pinta pela primeira vez para a festa aos mortos. Não há cerimônias de iniciação. Na morte e no enterro conservaram-se os ritos antigos, embora uma cruz de madeira e velas ardentes sejam colocadas no túmulo.
Entre os Bororo, antigamente, os pais jejuavam uma semana depois do nascimento do filho. Os índios das missões não têm mais esse costume. Mas todos têm ainda hoje, além do nome cristão, um nome índio. A perfuração do lábio inferior ainda está em voga, embora já se vejam meninos e moços sem essa perfuração. Buréku, o ancião chefe de Toriparu, contou-me que nos tempos passados os rapazes das famílias de chefes eram submetidos a uma prova, que ele, porém, não tinha alcançado, mas que, ao que dizem, deve ser usada ainda entre os companheiros da tribo moradores na região do rio Vermelho. Para poder correr bem, os rapazes de dez a doze anos tinham de colocar-se em círculo estreito ao redor de um fogo (bakétere). Quando suavam e se fatigavam, deitavam-se e eram cobertos de folhas secas de auaçu (Orbignia speciosa, Rdr.). Então as mães tinham de achar o filho sem levantar as folhas, e se elas