defenda a propriedade e a vida. Brito Peixoto morre na indigência. E a turba dos sesmeiros que se instalara em torno das fundações desaparece, abandonados os latifúndios, arruinadas as concessões e empobrecidas quase todas as que persistiram.
Não conheceu a terra catarinense a sociedade colonial que viveu noutras paragens, o senhor de engenho abastado e poderoso, as senzalas repletas de escravos, a mestiçagem palpitante em redor.
O latifúndio não se fez grande domínio e entrou assim em decadência.
Muito cedo iniciou-se então o regímen da pequena propriedade e logo surgiu o trabalho livre, com todas as vantagens que apresenta.
Sem a existência do latifúndio, no litoral catarinense, absorvendo pelo seu exclusivismo a vida da região, como se notou em outras partes, não foi difícil a instalação do regímen da pequena gleba colonial, iniciada com a colonização açorita. Múltiplos fatores, já referidos, contribuíram para que esta imigração portuguesa, única permitida na época, não apresentasse frutos vantajosos, malogrando lamentavelmente a iniciativa e indo os seus remanescentes se ajuntar aos das sesmarias na formação das pequenas e pobres populações existentes na orla litorânea de Santa Catarina.
Vê-se então que, aos descendentes daquela brava gente vicentista e dos colonos açorianos, se reservaram diversos destinos.
Uns fixaram-se nas vilas maiores e mais prósperas, ou a elas foram ter posteriormente; outros conservaram-se nas minúsculas póvoas do litoral. Incapazes para a vida agrícola, como os seus maiores, os herdeiros daquela gente valorosa que palmilhara sertões