Não haviam desanimado, com o fracasso da colonização açorita, todavia, os que se encontraram à frente do governo de Santa Catarina-Colônia, nos seus propósitos. Cedo se havia compreendido que esta região ubérrima poderia vir a ser o celeiro do sul do país, capaz de abastecer os estabelecimentos que não produziam o suficiente para a própria manutenção, devido às contínuas lutas com os confinantes. A fertilidade da terra garantia uma abastança em dias próximos e não era de se temer o gentio.
Ao mesmo tempo os portos seguros e profundos da costa favoreceram o comércio com outras populações.
Miranda Ribeiro (João Alberto Miranda Ribeiro), que já muito fizera pela imigração açoriana, era dos que acreditavam nas vantagens de uma política de colonização. Homem de rara energia, espírito dotado de iniciativa e coragem, à frente do governo de Santa Catarina soube conduzir-se com uma firmeza digna de referência. Quando a indiferença do governo central entravava os negócios da capitania, o Cel. João Alberto Miranda Ribeiro sabia erguer a voz e reclamar o que devido era, embora lhe valesse da parte daquele, quando a sua insistência era demasiada, uma ou outra reprimenda.
A sua insistência junto ao governo do Rio de Janeiro pela criação de duas colônias, que ele queria localizar no caminho de Lages, foi notável, chegando mesmo a mandar executar um orçamento para que fossem discriminados os gastos possíveis com a fundação destas colônias.
Infelizmente não logrou ele a atenção do governo, embora os gastos orçados para a criação das ditas colônias não excedessem a 4:116$000 para cada