oriunda das grandes cidades, do Rio, de Santos e São Paulo, onde representavam a fina flor da malandragem. Adquiriu hábitos dos primeiros. Criou raízes na terra, deu-se a algum trabalho ou embrenhou-se no sertão. Foram assim surgindo as primeiras fundações, insignificantes, mato adentro, onde mal chegavam as picadas. Ao longo da linha da estrada outras pequenas povoações foram surgindo, em torno das estações distantes 40km umas das outras. Mais tarde iniciou-se a colonização da zona. E, como aqueles primeiros moradores, que, oriundos do sul, incutiam os hábitos e costumes sulinos nos que posteriormente foram localizar-se ali, estes colonos já traziam muitos destes hábitos porque também vieram do Rio Grande. Foi do Estado sulino que partiram as primeiras tentativas de colonização do remoto planalto catarinense, que partiram, e não da Europa, os primeiros imigrantes, e as companhias que se propuseram a criar os núcleos coloniais ali, tinham sede em Porto Alegre. Duas linhas se estenderam, então, e vivem ainda os primeiros anos de sua organização uma, ao longo da linha ferroviária, às margens do rio do Peixe, nos municípios de Campos Novos, Cruzeiro e Concórdia; outra, ao longo do correntoso Uruguai, no município de Chapecó.
Campos Novos e Curitibanos, como se disse, originaram-se da fragmentação de Lages e os primeiros fundamentos plantados destas populações o foram por sertanistas intrépidos da capital do planalto. O primeiro é de 1854; o segundo, de 1869. Como em Lages, predomina neles a vida do pastoreio.
Os demais municípios se incorporaram à vida de Santa Catarina pelo Acordo de 1916, tendo sido Palmas e Clevelândia os municípios que cederam parte