Santa Catarina: história - evolução

colônia recebeu mais 31 famílias, num total de 142 pessoas. Os primeiros tempos da vida da colônia se revestiram das mesmas dificuldades já assinaladas para os das suas congêneres. Ao intenso trabalho que exigia a derrubada das matas e o preparo das terras, ainda eram obrigados os colonos a uma séria vigilância, como em São Bento, devido aos selvícolas que frequentemente ameaçavam a vida do núcleo. De uma feita, mesmo, chegaram os aborígenes a se apoderar de um menino de 12 anos, mais ou menos, filho de um colono de nome Scheidt, do qual nunca mais se houve notícias, mas a respeito do qual se encheu a redondeza de lendas, posteriormente, quando alguns caçadores encontraram alguns bugres de pele mais clara e que foram então dados como descendentes daquele raptado. Com as entradas, ao longo do caminho que ia a Lages, foram-se disseminando em plena mata as povoações. Um colono, Adam Götten, atravessou a Serra do Espigão e foi localizar-se a meio caminho entre Rio Negro e Lages, no atual município do Curitibanos, deitando os fundamentos da povoação de Corisco, atualmente conhecida por Santa Cecília. Progredindo sempre, embora lentamente, numa zona contestada mutuamente por dois estados, numa interminável pendência divisória, ameaçada dos ataques dos jagunços, que na zona quase repetiram as páginas trágicas de Canudos, mesmo assim tornou-se uma comuna produtora e ativa.

A extração da erva-mate constituía a principal atividade da população, sendo pouco desenvolvida a agricultura. Uma povoação se elevou logo nas duas margens do Rio Negro e, em 1906, já era uma cidade. O acordo realizado entre o Paraná e Santa Catarina entregou a esta a parte situada na margem esquerda, que passou a ser a sede do município de Mafra, nome

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