Santa Catarina: história - evolução

Os homens vivem da pesca; as mulheres no arranjo caseiro e na manufatura das rendas. Eles são "secos, morenos e vigorosos"; elas, de talhe elegante e faceiro. Já não vivem reclusas, apresentam-se à rua mas persegue-as o mesmo ciúme endêmico dos maridos. Na ilha são melhores e mais luxuosas as casas, mais amáveis e atenciosos os habitantes(174) Nota do Autor. As moças, elegantes, com os seus cabelos enfeitados de flores... e namoradeiras(175). Nota do Autor

A vila compõe-se de numerosas ruas, duas praças, e possui quatro igrejas: a Matriz, a de São Francisco, a de Nossa Senhora do Rosário e a da Caridade.

Manufatura-se o linho e o algodão, fabrica-se licores, cerâmica e rendas. Aliás a manufatura do linho e do algodão já datava de algum tempo. No ano de 1821, ao tomar assento nas cortes gerais, em Lisboa, o Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, Deputado catarinense a elas eleito, que era extremado patriota, apresentou-se com vestes tecidas e fiadas na sua freguesia de Santo Antonio, na ilha(176). Nota do Autor

Em 1822, contava a vila cerca de 600 casas, já numeradas, de pedra e tijolos, todas elas caiadas, de um e raramente de dois e três pavimentos. As janelas apresentavam, também aqui, como no resto do Brasil, a mesma grade guarnecendo-as. O interior das casas era, todavia, asseado, simples e elegante. À mesa dos ricos havia pão; na dos pobres a farinha

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