de mandioca supria a sua falta(177). Nota do Autor Andavam os abastados de cadeirinha. Havia poucas escolas para uma população calculada em seis mil almas, sendo todavia provável que a população excedesse a esse número, pois, em 1808, já se calculava nele o total dos habitantes da vila(178). Nota do Autor A população de toda a capitania, nos fins do século XVIII, era computada em 25 mil almas. Ainda na vila do Desterro se tem a referir as principais edificações, que eram a Casa do Governo, no Largo do Palácio, onde se via ainda o antigo pelourinho, o Quartel, no Largo do Quartel ou Campo do Manejo e as igrejas, sendo as principais a Matriz e a da Caridade. Aquela se levantava no mesmo local em que Dias Velho plantara o primeiro templo, dedicado à Nossa Senhora do Desterro e ante o qual morrera; esta ficava na colina da Boa Vista.
Fora sua fundadora, da igreja da Caridade, a beata Joanna de Gusmão, natural de Santos, irmã dos ilustres Gusmões, Bartholomeu, o padre voador, e Alexandre, diplomata e estadista. Tendo perdido o marido em Paranaguá, tempos depois fixa-se no Desterro, conseguindo, em 1762, a dois de maio, erigir uma capela ao Menino Deus, em terreno situado no morro da Boa Vista, de propriedade de André Vieira da Rosa, que para este fim o doou à beata. Em torno da capela foram surgindo, entre a verdura da colina, as pequenas casas da Toca, do Areião e do Menino Deus. Joanna de Gusmão, com outra senhora que a ela se ajuntara, movida pelo mesmo fervor religioso, Dona Jacinta