Santa Catarina: história - evolução

e a igreja era o ponto de convergência da turba. Para ela se dirigia um grande número de fiéis. Dali a momentos, uma procissão sai da pequenina igreja com grande acompanhamento. Justamente neste instante o obus havia sido assestado. A cena que se passa, então, é indescritível, pelo horror. Ao primeiro tiro, o chão se enche de cadáveres e o pátio do reduto transborda de fugitivos. A procissão se recolhe às pressas e os fiéis procuram refúgio dentro do pequenino templo. E o obus continua a semear pavor e morte. Já agora respondem os jagunços. O ponto mais visado é o em que está a artilharia. Alguns casebres do aldeamento já estão em fogo e o crepitar das balas repete-se pelas quebradas da serrania, no eco ampliador do seco rumor. O obus finalmente é retirado da sua posição, pois a jagunçada obstinava-se em atacar o ponto em que estava a peça. Fabricio Vieira, com seus homens, opera um reconhecimento e é recebido à bala em todos os pontos, partindo os projéteis de dentro das grotas e do fundo das matas. Os jagunços, conhecedores do terreno, operavam neste momento um envolvimento da coluna com o intuito de massacrá-la à noite, que se aproximava. A coluna retrocede.

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Fabricio Vieira procura então o Coronel Estillac Leal e com a sinceridade rude do sertanejo faz-lhe ver a impossibilidade de a coluna atingir o reduto pelo caminho do sul, defendido como estava ele pela natureza. A própria estrada que dava entrada ao aldeamento era de fácil defesa uma dúzia de homens, habilmente dissimulados, conteria um batalhão por mais

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