A escravidão africana no Brasil; das origens à extinção

agosto, presidido por Zacharias de Góes e Vasconcellos. Foi respondido à "Junta", por intermédio do ministro de Estrangeiros, Martim Francisco Ribeiro de Andrada, que "a emancipação dos escravos, consequência necessária da extinção do tráfico, era uma questão de oportunidade". E mais: que "quando as circunstâncias penosas, nas quais se achava o país, o permitissem, o Governo brasileiro consideraria como assunto de primeira importância a realização do que o espírito do Cristianismo desde muito reclamava do mundo civilizado".

Era um compromisso muito sério, no pensar do Imperador, que bem conhecia o nosso descrédito por motivo do cativeiro, ou, mais precisamente, dos abusos e desumanidades a que ele dava lugar.

Despertaram os primeiros receios dos adeptos do statu quo; principiou a censura à nova tendência imperial. Envolveu-se, desde logo, a responsabilidade do Imperante com a do ministério.

Feitos dessas primeiras críticas se nos deparam em vários trechos do longo discurso proferido, na Câmara Alta, pelo Conselheiro Furtado, a 18 de setembro de 1867.