A escravidão africana no Brasil; das origens à extinção

determinados súditos seus e de outras nações o direito exclusivo de fornecer negros escravos às suas possessões de ultramar. O negócio era de tal monta e tantos lucros grangeava que os soberanos estrangeiros tudo faziam para obter os asientos .

Sucessivamente, desde 1517 até 1743, vemos gozando o rendoso monopólio: Flamengos, Portugueses, Espanhóis, Franceses e Ingleses. Os prazos das concessões foram diferentes, mas a Inglaterra conseguiu, pelo tratado de paz de Utrecht, para seus súditos, o maior de todos, 30 anos (1713). Eram os asientos beatamente celebrados, en el nonbre de la Santíssima Trinidad , pela majestade mui catolica de Espanha. Em geral, os empresários, com os quais a Espanha tratava, garantiam a transação por meio de grandes empréstimos ou adiantamentos feitos a ela. Os empresários se obrigavam a fornecer certa quantidade de negros, contados por peças ou por toneladas. Em menos de dous séculos, realizou a Espanha dez contratos dessa espécie, relativos ao transporte de 500 mil escravos, ganhando 50 milhões de libras. Eis como se prova a importância ligada a tais convenções: — em