retratam ao vivo, sem os retoques de estilo: — "Rui Barbosa se incorpora ao número dos grandes erros brasileiros." Uma injustiça, ou apenas uma semiverdade. O erro brasileiro não está só em Rui. Insiste ainda o autor do "Brasil Errado": — "o jogo de frases nos tem sido mais prejudicial do que o jogo da bolsa". De certo; mas, quando um não quer, dois não jogam. Urge, pois, exterminar, aos poucos, os fãs da "falação bonita", a que se refere Martins de Almeida. Como?

Como prejudicam eles, afinal, a ciência brasileira, arriscaremos algumas sugestões. Ao nosso pensar, a guerra santa terá de começar com a mocidade. Ensinando-a o verdadeiro heroworship — o culto dos homens de ação, dos realizadores, dos grandes caráteres. Que não confundam o herói com o artista. Um instrui, estimula, modela — o outro deleita. Leiam nos fatos mais que nas frases. Que se convençam, olhando para todos os lados, de estar a honra e a força, o progresso e a verdade, a glória e o belo — muito menos no bico da pena ou na corda vocal do que na ação. A melhor cartilha de probidade está no exemplo mais simples de probidade, e não no convite mais lindo à probidade. A melhor ciência é a que se cria e aplica, e não a que se repete. Que não se iludam com a álgebra do bem e do direito — símbolos e só símbolos... Exijam o bem e o direito — materializados, praticados. Onde está, por ventura, o herói do futebol, do boxe, da natação, da luta livre e de todos os esportes queridos de nossa mocidade? Nos jornais, nas revistas? Na prosa de esquina? Claro que não. Ele tem de se plasmar na arena. Pois é, igualmente, na arena, e não na verbiagem, que a mocidade brasileira deverá procurar o herói de tantas outras lides humanas. Na letra de forma e nos lábios, potencialmente, que é a roupagem adverbial do saque sem fundos — todos nós podemos ser sábios e fortes, mas raros o são pelos atos.

A sagrada campanha não deverá circunscrever-se aos industriais da arenga insincera e do escrito galvanoplástico.