Meteorologia Brasileira

força que ainda lhe resta "não está senão na cabeça dos pequenos".

Oferecemos o nosso humilde livro aos dirigentes sinceros e aos meteorologistas que quiserem fazer ciência e aplicá-la. Os caminhos administrativos apontados podem não ser os melhores. Os caminhos técnicos podem não ser os mais curtos. Todavia, para os indicar, nos arrimamos sempre nos mestres. São simples diretivas. Para fazer ciência não bastam. Impõe-se ainda o resto dos restos -"o rigor na observação; o cuidado na coordenação; a cautela na generalização; a fertilidade na hipótese — o engenho e a imparcialidade no exame de sua validade, a perícia na sua confirmação ou revisão; e o bom senso nas derradeiras interpretações".

Não somos cegos fetichistas da organização. Dela lembramos o indispensável para vida farta e longa da ciência da atmosfera no nosso meio. Consagramos a maior parte do volume aos meios de aprender e não de organizar. Seria uma decepção, após alguns meses de trabalho, rabiscando estas páginas, aplicar-se-nos o conto daquela história do indigente de Glasgow, o qual, aconselhado a procurar a Charity Organization Society da cidade, respondera de pronto; "Não, obrigado, lá tem mais organização que caridade"...

Meteorologia Brasileira - Página 18 - Thumb Visualização
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